
Assim como a borboleta que morre para renascer na sua mais bela forma em toda sua plenitude o homem se prepara para atingir o seu ápice da mais bela perfeição, lapidada através de milhões de anos com grande sofrimento no seu mais alto martírio no domínio de seu mais frio algoz: o tempo.
Através da consciência coletiva acreditamos que todo o tempo de existência do planeta terra está única e exclusivamente resumido ao nosso próprio tempo de vida. Quando lemos a história, inconscientemente acreditamos que estamos diante de estórias imagináveis de algum autor expirado; Não acreditamos realmente que a raça humana carrega biologicamente uma bagagem de fatos ocorridos desde os primórdios da criação, ou seja, há milhões de anos atrás.
Se retrocedêssemos o relógio biológico do homem espantaríamos em nos ver como as mais bizarras espécies.
Comprovadamente dois fatos nos chamam a atenção dentro de um espaço que consiste entre a idade média e a época atual: O homem cresceu e a loira legítima está em extinção. “Não é piada, é fato comprovado cientificamente”. O onitorrino, por exemplo, nada e têm penas, é mamífero e coloca ovos, tem bico e tem rabo; este animal está em plena mutação dentro de um ecossistema e suas exigências naturais.
O homem ainda possui os caninos que um dia foi necessário a sua sobrevivência, e com certeza, um dia não será mais preciso e o corpo humano, aos poucos, os apagará dos registros de seu layout. Talvez um dia as palmas das mãos não serão mais como as das palmas dos pés e do final de nossa coluna, não se terá mais nenhum rastro de um atrofiado membro que pode ter sido um rabo. É notório afirmar, que o apêndice só serve pra se ter uma crise e amputá-lo cirurgicamente e, fora uma grande listagem que foge aos meus conhecimentos.
Tudo na vida muda: o corpo humano, a vida em geral sobre a terra e em todo o universo. Tudo absolutamente tudo está mudando e se adaptando para melhor. O ritmo universal de vir a ser, ser e desaparecer nunca perde a sua sincronia. Nada permanece em sua forma original. A vida é uma mutação contínua a partir de início e crescimento, através da estabilização e maturidade para uma busca de harmonia e dissolução final, mapeando sempre para aquele que vem atrás, preparando sempre o caminho para um crescimento renovado.
E além do mais, individualmente “entenda quem quiser”, o tempo é necessário para vivenciarmos a diferença entre o que era e o que é.
2 comentários:
Fantástica descripção da possível resposta ao problema "filosófico" «...o que fazemos aqui vivos...?»
Gosto muito de me perguntar e pensar, é por isso que escrevo acerca de tudo o que me vem à cabeça.
Parece que também funcionas assim, não é? (risos)
Olá,
Acredito que tenha chegado a mim pelo blog do R_Lima que vi linkado entre os seus.
Seja bem-vindo ao "Asas"!
Carinhoso abraço.
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