30 março, 2007

A ciência e a religião.

Até entendo quando um homem da ciência chega ao ponto de indagar a existência de Deus: ao avaliar friamente o início da vida, pode-se até ter a prepotência de excluir a mão arquitetônica de um criador.
O cristão caracteriza tudo aquilo que não conhece como obra divina, e quando argüído quanto a sua concepção religiosa, levanta a bíblia e diz que nada é possível se não está "escrito".
A ciência levanta a bandeira da evolução e os religiosos, concretizam há cada dia, o poder da fé para uma inevitável salvação.
Os homens da ciência, através dos tempos, tentam dar nome e organizar as regras ao curso da cadeia evolutiva da existência, e além desta perfórmace, dão sistematicamente o nome de caos. Em contra partida, os religiosos há muito demarcam o certo e o errado com preceitos absurdos de uma conduta forjada por uma crença antiga de falso moralismo.
Muitos deram a vida por uma ciência medíocre e muitos morreram em nome de Deus.
Hoje, bendito aquele homem que desconhece a ciência e vive a vida respeitando a natureza como realmente ela é. E só.
Bendito aquele homem que desconhece Deus mas vive a sua vida em eterna comunhão com algo poderoso dentro de sí, que o faz viver harmoniosamente enchendo-o de amor e compaixão. E é so.
"Da ciência, um vento leve e passageiro de centenas de pensamentos perdidos e ignorados; Da religiosidade, o respeito com a vida, mantendo o equilíbrio natural, interagindo com todos os sêres viventes em sua volta."
A única certeza que tenho; Incontestável, devo acrescentar, é que a seleção natural dos acontecimentos sorrir para àqueles que se sairem melhor: Independente de raça e crença.
Está provado que o tempo, raios, catástrofes, predadores e uma maozinha do "acaso?", vêm através de gerações e gerações, moldando uma criatura que sempre sai das cinzas para dar continuidade a espécie através da eternidade: o homem.
Até entendo o porquê inventamos tantas religiões e tantos deuses; tantas teorias explicativas quanto ao universo dogmático que nos rodeia. Mas o que me surpreende, é que a grande massa ainda não se deu conta de que a ciência e a religião empurram o homem pra baixo. A ciência e a religião acelera o processo de degradação humana. Até a Bíblia nos fala, mesmo simbolicamente, quando o homem come da árvore da ciência. Foi aí que o homem descobriu que estava nú, e ele se vestiu de pensamentos e teorias. Iniciou-se o desequilíbrio.
Não se deve descartar a ciência mas devemos aplumá-la ao rumo certo. Não devemos suspeitar da inexistência de um criador, mas acreditar sim. Não precisa vêlo e nem explicá-lo, mas sentí-lo. Inibir as religiões na tentativa de alcançá-lo. Voltar a ficar nú, livre de trajes "explicativos".

Não devemos pedir à Deus que nos proteja do perigo, e sim, pedir à ele, que nos dê forças para enfrentar os desafios da vida, seja ele qual fôr.
Não devemos pedir á Deus que nos proteja do perigo, e sim, pedir á ele, que ilumine as sombras pra que se veja a face de seu algoz.
Não devemos pedir à Deus que nos proteja do perigo, e sim, pedir à ele, que dê chamas a sua espada, e que se afie ao cortar o vento, induzida pela verdade e justiça fazendo temer aquele que desiquilibra para as trevas.
Não existe bala perdida, existe bala achada. Se Deus parar a bala no meio do caminho, será um milagre, e milagre não acontece todo dia. E além do mais, foi o homem que a disparou. Devemos pedir á Deus, que permita aos seus anjos nos induzir a escolher os caminhos certos e evitar as balas que nos procuram.
Não existe raça e nem credo para uma morte desferida ao comando do destino. O destino quem faz é Deus mas o jeito que se luta, está na mão do guerreiro que empunha a sua espada.
A fatalidade é antiga: tão antiga quanto a história da humanidade. Pedir a Deus que a fatalidade não se faça, é pedir a Deus para que se mude as regras da vida.
A evolução da espécie não seleciona o melhor? E o melhor não é aquele que sobrevive aos perigos da vida? Como pode pedir a Deus que o proteja dos perigos da vida, se são os perigos que o faz melhor?.
A ciência e a religião sempre foram os verdadeiros inimigos do homem. Quando o homem voltar a ser criança, talvez, aí, ele volte acreditar em Deus: Sem cálculos difíceis e sem credos mesclados. Sem o divino nada existiria, inclusive, a ciência e a religião.

13 março, 2007

Herdeiros do passado.

Estava preocupado, pois sempre que encontrava Phaíbe, alguma catástrofe iria acontecer. Perguntei: - Phaíbe, como chegamos ao que somos hoje?. As nossas cidades, a nossa raça, a nossa tecnologia.., tudo isso é mérito nosso?.
Phaíbe caminhava calmamente, porém o seu caminhar era estranho, firme e com passadas largas; e mediante a sua altura de mais de dois metros, me forçava a quase correr. A sua cor negra junto ao cabelo grizalho, realçava aquele macacão branco. Respondeu pausadamente:
- Haviam dois grandes continentes chamados Lemúria e Mú. Mú, proveniente da constelação que voces chamam de "Cabeleira de Berenice", era de uma raça branca, alta, inteligente. Teriam eles sido os primeiros habitantes civilizados da terra; e foram eles que ensinaram aos Atlantes todo o seu conhecimento. A capital de Mú era chamada Shalmali II, em lembrança ao nome de sua capital extraterrestre: Shalmali I. A maioria dos heróis e deuses gregos, vieram desta época; como Hércules, Odim e etc. Lembra?. O império começava onde voces chamam de ilha da Páscoa e ia além mar. Foi submerso pelas águas há 70 000 anos. Ao mesmo tempo, o continente de Gondwana ou Lemúria, tinha sua capital Bakhrana, que era a capital dos negros. Sumiu há 25 000 anos. Ocupava uma posição mais ou menos ao lado de onde voces chamam de Autrália. E foi alí, naquele continente, em Gondwna, que surgiram os símios, uma espécie de "subproduto do homem".
- Então, pelo que entendi, a evolução tecnológica do homem teve ajuda de extraterrestres. A raça humana tem sangue extraterrestre. Todos nós somos extraterrestres. Pega leve. - Falei usando da ironia.
- Todos nós somos de longe - explicou -, de um modo ou de outro, como já disse anteriormente, todos nós temos a origem de partículas deixadas por asteróides há bilhões de anos atrás.
- É que é difícil de acreditar nestas coisas que voce fala.
- Mas é fácil de acreditar que transfusão de sangue é contra as leis de Deus, mesmo que para salvar o próprio filho.
- É, conheço uma religião que acredita nisso.
- Na África, o próprio pai com uma gillete, corta o hímem de sua filha quando chega a puberdade. - Uma tribo na África, já lí a respeito.
- Ainda na África, se um homem estiver com aids e ter relações com uma menina nova, a doença passa para ela e o homem fica curado.
- Sim.
- Com tanta doença e miséria no desiquilíbrio populacional, a igreja insiste que é pecado usar preservativo.
- Sem dúvidas.
- Explodindo inocentes com uma bomba amarrada no corpo, acredita-se que sentará ao lado de Deus diante de setenta virgens.
- Ora se não...
- Achou dinheiro; "graças a Deus". Perdeu as chaves; "o diabo escondeu".
Era estranho ver Phaíbe intertido, falando e gesticulando, envolto a um determinado assunto como se acompanhasse toda a trajetória da humanidade terrestre através do tempo. Era impecável a sua intimidade com a nossa cultura. Continuou:
- Hoje voce acredita que estou aqui, mas amanha, em alguns anos talvez, surgirá dúvidas se realmente sou quem diz ser. Voce criará dezenas de pensamentos dando formas a inúmeras possibilidades de minha inexistência. O tempo forja a crença ou descrença de tudo aquilo que se acredita ou acreditou. O segredo é saber que nada é o que é de uma hora pra outra: levou-se tempo, muito tempo.
- Estou entendendo tudo que voce está falando.
- Está sim. A terra não foi feita em seis dias mas em seis marcantes Eras de extraordinárias mudanças climáticas. Estamos vivendo a Era do repouso, do descanso celestial. Mas não pára por aí. A minha função é fazê-lo acreditar na história que o tempo lhe deixou e desacreditar nas estórias que os antigos lhe deixaram. E aí, talvez eu lhe conte sobre as cidades subterrâneas.
- Que cidades?. - Mostrei-me curioso.
- Pra onde voce pensa que os descendentes do passado foram com tanta tecnologia nas mãos?.
Phaíbe levantou-se e continuou a falar olhando para o horizonte, onde o sol já se escondia:
- Na época, o mundo era habitado numerosamente, já disse. Descendentes de Mú, Lemúria, Atlântida e inúmeros povos nômades aventurávam-se pelo vasto planeta; E até hoje os descendentes diretos destes povos antigos continuam suas jornadas de aperfeiçoamento. E é no interior da terra; Onde existe grandiosas cidades em cúpulas gigantescas; Cidades sob um céu de luz própria onde guarda verdadeiros tesouros históricos; Ornametadas graciosamente por peças feitas de ouro, prata, cobre e ferro; Peças lindas feitas de orichac, um metal que brilha como fogo.
- Mas não temos nenhum fato comprovado disso tudo.
- Bom, então vou ter que lhe mostrar fatos. Dê-me a sua mão.
Levantei-me e segurei a mão de Phaíbe que estendida, esperava pelas minhas. Uma luz se fêz ao céu e nos emanou de imediato causando-me incômodo em ficar de olhos abertos. Tudo era claro de mais. Sabia, de alguma forma sabia que Phaíbe achava graça em me ver com mêdo.

Saudações

A verdadeira religião, é a do coração.