29 outubro, 2007

Hormônios.







Existem dois principais sistemas de coordenação no corpo humano: o nervoso, que controla e comanda todo o organismo, e o sistema endócrino, que engloba todas as glândulas internas que fabricam os hormônios necessários ao corpo.

É fácil de imaginar o como a história da humanidade foi banhada por inúmeras composições hormonais. Marcos históricos como guerras, conquistas, aventuras, importantes relações amorosas e das mais difíceis às mais fúteis decisões, foram influenciados por uma atividade hormonal gerada por um sistema linfático moldado impiedosamente, através de um longo tempo de sobrevivência.

Não é difícil de imaginar o como a testosterona, que é responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características masculinas, foi de grande peso para avanços e conquistas da humanidade. A testosterona é responsável principalmente, pela agressividade. Renomados cientistas analisaram as relações de 5.000 casais entre 30 e 40 anos e perceberam que os homens com testosterona alta eram menos propensos a se casar e se divorciavam mais facilmente. Alem disso, os campeões de tal hormônio tinham o dobro de chances de ter relações extra conjugais do que os que apresentavam níveis mais baixos.Talvez, a ansiedade antes de uma grande batalha já perdida, tenha ajudado a uma reviravolta na história. Talvez, uma forte dose de testosterona tenha mudado ou moldado todo o capítulo de uma história já definida.

A endorfina, que durante o orgasmo é liberada na corrente sanguínea, provoca uma intensa sensação de relaxamento. Este hormônio também melhora a memória, o bom humor, aumenta a resistência, aumenta a disposição física e mental, melhora o sistema imunológico, bloqueia as lesões dos vasos sanguíneos, tem efeito anti envelhecimento e alivia as dores. Para aqueles grandes guerreiros que praticavam relações com suas escravas, não é difícil de imaginar como foi o desempenho em sua batalha.

Sabemos o como Reis e rainhas desde os primórdios da humanidade tiveram problemas transexuais e o como isso influenciou em nossa história. Refiro-me a distúrbios hormonais(normalmente no nascimento, não me refiro a falta de ética ou desvio moral; a linha ténue do que é certo e errado é uma questão de conduta, por isso, não julgo ninguém), levando-os a verdadeiros conflitos sexuais. A explicação estereotipada é de "uma mulher presa em um corpo masculino" ou vice versa. A verdade é que a transexualidade de um indivíduo o influenciou na identidade de género oposta ao sexo designado, assim como nos desejos mais extraordinários nas infinitas e inimagináveis conquistas de continentes, oceanos e civilizações.

Hormônios complexos que circulam em nosso corpo são responsáveis por complicadas invenções que culminaram nos mais expressivos avanços tecnológicos. Uma quantidade considerável desta magnifica química, tem nos ajudado até hoje na defesa e no ataque em situações de risco. O "sim" e o "não" são mais complexos do que se pode imaginar. Basta Perguntar a uma mulher com TPM.

A dopamina e a norefinefrina são hormônios que estimulam a sobrevivência em situações complexas de decisões vitais.

A oxitocina é responsável por sentimentos de vínculo emocional, e muitos outros...

A fé, a religião e o surgimento de um deus ocasional, também foram influenciados por essa química extraordinária criada pelo sistema linfático. A verdade, é que o sexo e o poder sempre foram as alavancas do nosso idealismo e integridade.

A evolução levou os seres humanos a desenvolver programações biológicas para que sejamos estimulados a sobreviver a diversas dificuldades do meio ambiente. Qualquer profissional deste conhecimento pode provar isso. Não carrego comigo o conhecimento científico, mas ainda assim, tenho a certeza absoluta desta proeza orgânica através do tempo.

Deus? Ele existe sim. Além de criar toda a fórmula química e biológica da vida, foi ele a maior luz que nos deu o sopro da vida. Se assim não fosse, a primeira engrenagem da complexidade biológica, não sairia da inércia.



21 outubro, 2007

A mutação do homem.

Éramos talvez bactérias ou em forma de vírus quando trazidos por rastros de cometas ou em meteoros que aqui chegaram há bilhoes de anos atrás. Nada está provado se nesta época existia vestígios do que seria o ser humano de hoje, mas uma coisa e certa e está provado cientificamente; tudo está em transformação, sempre esteve e sempre estará.
Assim como a borboleta que morre para renascer na sua mais bela forma em toda sua plenitude o homem se prepara para atingir o seu ápice da mais bela perfeição, lapidada através de milhões de anos com grande sofrimento no seu mais alto martírio no domínio de seu mais frio algoz: o tempo.
Através da consciência coletiva acreditamos que todo o tempo de existência do planeta terra está única e exclusivamente resumido ao nosso próprio tempo de vida. Quando lemos a história, inconscientemente acreditamos que estamos diante de estórias imagináveis de algum autor expirado; Não acreditamos realmente que a raça humana carrega biologicamente uma bagagem de fatos ocorridos desde os primórdios da criação, ou seja, há milhões de anos atrás.
Se retrocedêssemos o relógio biológico do homem espantaríamos em nos ver como as mais bizarras espécies.
Comprovadamente dois fatos nos chamam a atenção dentro de um espaço que consiste entre a idade média e a época atual: O homem cresceu e a loira legítima está em extinção. “Não é piada, é fato comprovado cientificamente”. O onitorrino, por exemplo, nada e têm penas, é mamífero e coloca ovos, tem bico e tem rabo; este animal está em plena mutação dentro de um ecossistema e suas exigências naturais.
O homem ainda possui os caninos que um dia foi necessário a sua sobrevivência, e com certeza, um dia não será mais preciso e o corpo humano, aos poucos, os apagará dos registros de seu layout. Talvez um dia as palmas das mãos não serão mais como as das palmas dos pés e do final de nossa coluna, não se terá mais nenhum rastro de um atrofiado membro que pode ter sido um rabo. É notório afirmar, que o apêndice só serve pra se ter uma crise e amputá-lo cirurgicamente e, fora uma grande listagem que foge aos meus conhecimentos.
Tudo na vida muda: o corpo humano, a vida em geral sobre a terra e em todo o universo. Tudo absolutamente tudo está mudando e se adaptando para melhor. O ritmo universal de vir a ser, ser e desaparecer nunca perde a sua sincronia. Nada permanece em sua forma original. A vida é uma mutação contínua a partir de início e crescimento, através da estabilização e maturidade para uma busca de harmonia e dissolução final, mapeando sempre para aquele que vem atrás, preparando sempre o caminho para um crescimento renovado.
E além do mais, individualmente “entenda quem quiser”, o tempo é necessário para vivenciarmos a diferença entre o que era e o que é.

20 outubro, 2007

Indicação.

Zaragata fala de amizade, de amor, de uma luta interminável quanto a salvação de um planeta a beira da extinção.
Onde escrevo e abro as portas de zaragata, é no trabalho: oito horas corridas na maior adrenalina. Motivo este que as postagens poderiam ter mais qualidade e, deixo até a desejar na correção da ortografia. Mas a idéia é esta: "Zaragata fala de amizade, de amor e de uma luta interminável quanto a salvação de um planeta a beira da extinção."
Ainda que uma pequena gota este blog tenta alguma coisa para o bem. O meu maior prêmio é o reconhecimento deste meu desejo.
Mais uma vez agradeço aqueles que estão sempre me dando aquela força, e , em especial, ao Srº Arthurius que com seus blog's, além de criar contos aguçando a nossa imaginação, criticar desonestos políticos, orientar pessoas com "LER", me fez abrir os olhos para um mundo extraordinariamente nôvo, pois eu não sabia nada de nada.
As minhas indicações são:


Butique da Severina
Historias com nome proprio.
Laboratorio de geografia.
Neurônios Perdidos
O Avesso da Vida

15 outubro, 2007

Zaragata.

Terra, há milhares de anos atrás.





Marramed Phaibe levantou-se bruscamente sentindo o ar fresco inundar-lhe os pulmões. Ainda sentia o calor em suas mãos onde o curandeiro havia o segurado firme ao pronunciar certas palavras. Não entendia o que tinha lhe feito; fosse o que fosse, estava vivo.

A linda mulher de olhos claros, filha do chefe da tribo, o empurrou forçando a deitar-se novamente.
O curandeiro ainda na porta de pano virou-se e o olhou fixamente:

"- Você que vive novamente pode decidir o que fazer daqui pra frente. Agora você sabe o poder de suas ações." - e se foi.
Marramed Phaíbe, mensageiro dos mais profundos conhecimentos da ciência, não sabia que mexer com a alma da terra era mexer com a essência da criação de toda uma humanidade.




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Em um planeta distante.





Randorz Phaíbe sentiu que ia lhe faltar forças para ficar em pé. De joelhos, foi erguido por Dharmilo que o ajudou a levantar-se. Sentia a mão lhe queimar e foi difícil focar a visão em algo que não se mexia.
O pequeno homem demonstrava grande força ao segurar Randorz que ainda sem saber o que estava acontecendo, perguntou: - Onde estou?
- A pergunta é, aonde você vai? - Acrescentou Dharmilo.
Randorz entendia agora a importância de sua missão; Um planeta precisava de sua ajuda. De um jeito ou de outro, mais cedo ou mais tarde, alguém de sua raça, de sua linhagem, teria que consertar o que foi quebrado há milhares de anos atrás.
A mágica divina é um círculo inquebrável que faz parte de uma grande engrenagem que se expande infinitamente. Círculos vão se formando dentro de uma matemática complexa tendo como resultado, não importando local, planeta ou universo, um único objetivo: Criar sempre.
Mexer nos cálculos da criação é colocar dois universos no mesmo lugar; O paradoxo de uma dimensão não reconhece a duplicidade de uma ação para dois objetivos, e sim, várias ações para um só objetivo: Evolução. Há uma desequilíbrio entre a criação e a evolução, mas nada que a mágica divina não atue.
Randorz Phaíbe já recuperado e lúcido, responde com um leve e estranho sorriso:


- Irei ao planeta terra.







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Terra, na época de hoje.



Senti uma dor incrível no peito, mas a mão doía mais, como se houvesse brasas incandescentes entre os dedos. Phaíbe olhou-me preocupado, mas ainda possuía aquele ar de ironia. Levantou-me e disse pausadamente:
- Você agora passou para o estágio três e, mais do que nunca, a sua atuação quanto a divulgar o que tenho para ensinar é da maior importância. Você não vai ver mudanças de imediato; não vai ser diferente das outras pessoas, as mesmas que não acreditarão em nada no que você falar; vai chegar um momento em que a solidão vai doer tanto que vai se imaginar definhado e desequilibrado numa realidade que machuca.
- Existe uma lenda antiga aqui no seu povo - continuou -. É sobre a criação do ser humano. Uma lenda que narra que no momento da procriação, o criador chama o embrião do futuro ser diante dele para decidir sobre as condições de existência da nova alma: se será macho ou fêmea, rico ou pobre, sábio ou tolo, alma gêmea positiva ou negativa de outrem e assim por diante. Apenas uma decisão ficou em aberto, se a pessoa será virtuosa ou falfeitora, pois "tudo está nas mãos do criador, exceto o temor a ele". A lenda prossegue descrevendo como a alma pleiteia não ser mandada a este mundo. Mas o criador responde: "O mundo para o qual estou lhe enviando é melhor do que o mundo em que voce estava e, quando lhe criei, eu o destinei a esse quinhão terrestre". Com essas palavras, o criador confia a alma ao anjo encarregado de todas as almas no outro mundo. O anjo lhe revela todos os segredos do outro mundo e a conduz através do céu e do inferno. Todavia, quando ela nesce nesse mundo, o anjo apaga a luz do conhecimento, e a alma é encoberta num invólucro terrestre sem o grande segrêdo que ela terá de conquistar de volta.
- E que segrêdo é este, Phaíbe?

- Demorei a entender quando tentaram me explicar, mas hoje eu sei: zaragata.

Fiquei ali imaginando se o abanar das asas de uma borboleta poderia interferir com o destino de todo um planeta.






10 outubro, 2007

Alma Gêmea. (parte VIII, o início).

Marramed voltou diferente. Alguma coisa tinha acontecido além continente que o fez transformar-se em uma pessoa difícil de se conviver.


A nave voltou pior do que estava. Era visível o dano em sua estrutura. Marramed Phaíbe pousou a nave em uma colina e lá a deixou por vários meses sem nem ao menos se preocupar em escondê-la.





Os que sobraram da tribo, que sobreviveram de uma doença que desmanchava as vísceras impedindo a coagulação do sangue - um vírus proveniente de outro planeta -, seguiram além das montanhas na esperança de encontrarem novas terras para se estabelecerem.





Marramed e seu filho com a mulher partiram para o interior da floresta; Aos olhos de Lilith, filha do curandeiro da tribo, tal fato desencadeou uma grande inveja e sem pensar, usou da magia para adoecer a mulher que tanto Adão amava. A linda mulher durou três dias. Apesar dos sintomas serem diferentes da antiga peste, todos imaginaram que ela também tinha sido contaminada.



Adão entrou em desespero e tentou se matar - sentimento estranho para um damaliano -, pensou Marramed. Este, não encontrando outro jeito para amenizar o sofrimento do filho, decidiu usar todo o conhecimento de sua antiga raça quanto a medicina exobiológica. Há muito dominavam o cadenciamento do genoma de espécies e tinham um conhecimento amplo sobre clonagem humana. Usaria tudo que tinha em seu computador de bordo para dar vida novamente àquela que tanto seu filho amava. Ainda dava tempo.


Por um lado, o curandeiro usava todo o seu conhecimento de alta magia para resgatar a vida naquela mulher; por outro lado, Marramed usava complicados aparelhos que conseguiu de uma raça que governava o povo Atlantes.

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Adão estava nu sobre uma mesa fria e antes de dormir profundamente, sentiu a picada da enorme agulha que o atingiu uma de suas costelas.

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O sol brilhava com todo o seu vigor, mas os raios não conseguiam penetrar a vasta floresta, virgem da mão do homem. Ao longe se via uma pequena cascata com suas águas gélidas ainda que não se pudesse escutar o som de sua queda; pássaros voávam por entre as altas árvores frutíferas e pequenas borboletas coloriam o magnífico cenário perfumado pelas várias espécies de flores.



A porta da nave se abriu deixando sair uma pequena rampa que quase tocou o chão. Um corpo de mulher apareceu e cambaleando, andou até tocar o chão. A claridade parecia lhe incomodar, pois quando tirou as mãos do rosto Adão pode ver que era a sua amada; Bela e formosa como sempre foi. Atrás, descia Marramed com ar de cansado que a olhou com certo orgulho. Adão abraçou a sua mulher e chorando deixou escapar o nome de sua amada: - Eva.

- Vamos Elohim, vamos deixar os dois sozinhos. Disse o curandeiro com o corpo completamente pintado com símbolos estranhos. - Símbolos antigos - dizia ele.

Há muito a tribo o chamava de Elohim, pois acreditavam que quando uma pessoa morresse e voltasse a viver o corpo passaria a possuir um outro espírito mais evoluído e com uma missão mais importante.

Lilith sabia que não podia entrar na nave e principalmente mexer no computador. Ainda assim, nos meses que se seguiam, conseguiu convencer Adão a levar as duas para o interior do grande objeto redondo. Lá, mostrou o como era fácil de ligar aquele grande e colorido aparelho.


A grande tela passou a narrar toda a aventura da raça damaliana através dos tempos, através dos planetas; O grande computador, numa linguagem simples, ensinava todo o tipo de ciência e não era difícil para um damaliano entender o que se passava alí. Descobriu inclusive, como Eva voltou a viver; cópia exata de uma outra.



Quando Marramed descobriu o que se passava foi tomado por uma ira incontrolável, pois sabia o que poderia acontecer com o conhecimento nas mãos erradas; Atlântida estava com os dias contados -, pensou.
Sabia que tinha que tomar uma decisão. Olhou para o seu filho e tentou dizer algo mas não conseguiu. Decidido, subiu a rampa de sua nave para depois fechá-la. Em poucos minutos, um estranho barulho surgiu e a nave saiu do chão.



Uma forte luz cortou a noite e banhou Adão o ofuscando. A grande nave, colorida e brilhante, ganhou altura em poucos segundos.



Marramed Phaíbe ainda viu a claridade do dia que se ía silenciosamente do outro lado do planeta terra. E antes de entrar na câmara criogênica, calculou o curso da nave em direção ao sol.



Antes de sentir um frio imenso inundar-lhe a mente um vago pensamento surgiu como um raio em sua lógica de damaliano:



- Um mensageiro do universo jamais daria cabo de sua propria vida. Abriu os olhos e ainda pensou: -Era contra as leis da criação.



Já era tarde de mais.






03 outubro, 2007

Alma Gêmea. (parte VII, o início).




Não havia chances daquele guerreiro ganhar. Quando Pequeno Marramed tinha sido um dos melhores alunos na escola de lutas nas montanhas de Qüerola.

O que mais lhe preocupava era o seu sentimento por aquela mulher.

O grande guerreiro apontou sua lança e atacou sem piedade rasgando roupa e pele de Marramed. A dor foi aguda e surpreendeu-se pela agilidade de seu inimigo; Grande e pesado possuía uma rapidez impecácel em seus movimentos. Notou em seus olhos que havia algo de errado; como se estivesse alucinado. Quando o guerreiro o abraçou chegou a sentir em seu hálito um cheiro forte de ervas. Já conhecia as plantas da redondeza e aquela era alucinógena. Sabia-se lá o que se passava por aquela cabeça primitiva - pensou. Deixou-se cair colocando todo o peso de seu corpo sobre o guerreiro, e ainda assim, não o soltou. O ar já lhe faltava quando usou a perna como contra peso e ficando mais uma vez sobre o oponente. Cabeceou com toda força e nada. O inimigo parecia decidido a liquidá-lo naquele golpe. Procurou ter calma e pensar. A raça branca possuía uma cartilagem nasal maleável, mas com um golpe certeiro e com certa velocidade, poderia se transformar numa excelente arma. Reuniu toda a sua força e, desta vez, golpeou com a cabeça a ponta do nariz de baixo pra cima. A cartilagem fina serviu como uma lança atingindo fatalmente o cérebro do grande guerreiro. A morte foi rápida.

Foi só a noite que se descobriram que a ponta da lança estava envenenada. Foi chamado o curandeiro que passou a noite cantando uma melodia estranha e defumando a tenda. O calor que Marramed sentia fazia-lhe pedir água insistentemente. E todos já o tinham como morto.

O barulho era ensurdecedor. Cidades pareciam tocar aos céus com as pontas das enormes antenas que saíam dos edifícios. Noite dia, dia e noite pareciam brincar com as sombras dos objetos e das pessoas que andavam de um lado a outro. Automóveis cogestionavam as avenidas e deles saíam fumaças que escureciam as alturas. Buzinas, gritarias, apitos de guardas e um trem que passava , completava aquele cenário assustador.

Mas ainda havia pássaros; ainda havia luz; de alguma forma ainda existia esperança.



Uma intensa escuridão cobriu toda a cidade impossibilitando de ver qualquer coisa. Um estranho silêncio o envolveu. Sentia agora um vazio inundar-lhe a alma e pensou se aquilo era a morte. Mas algo se fez vivo. Uma luz sustentada por duas mãos vinha ao seu encontro. Era uma luz amarela que parecia formar as dimensões de um planeta, e do seu interior, raios brancos rasgavam toda a escuridão.

Sentiu o calor de uma voz junto ao seu ouvido que disse em tom baixo. -"zaragata."

Ficou sentado bruscamente em seu leito quando o ar fresco inundou-lhe os pulmões. O curandeiro lhe dava as costas partindo pela porta de pano . E a mulher, rindo, o empurrou forçando-o a deitar-se novamente.

Não entendia o que o feiticeiro tinha lhe feito; seja o que fosse, estava vivo.



Passaram-se anos até decidir procurar uma raça chamada Atlantes. A sua mulher havia morrido e o seu filho, já crescido, ficaria aos cuidados do curandeiro da tribo. A civilização Atlantes possuía uma tecnologia admirável e com certeza algum mentor de outra raça, de outro planeta, administrava tal fato. Seria uma boa chance de conseguir alguns componentes para consertar sua nave; a oxidação causou-lhe problemas irreparáveis quando caiu ao mar.

Olhou para trás e viu o seu filho, já com seus quarenta e cinco anos, acenando vagarosamente; Um belo rapaz que já alcançava a altura do pai e possuia os olhos claros da mãe. O curandeiro também o olhava e parecia dizer tudo naquele silêncio místico que o acompanhara em toda a sua vida. Olhou para frente, respirou fundo, e deu o primeiro passo ao encontro do futuro.











01 outubro, 2007

ORAR FAZ BEM.



AVE MARIA
Ave Maria cheia de graçaO Senhor é convosco,Bendita sois vós entre as mulheresE bendito é o fruto do vosso ventre JesusSanta Maria Mãe de DeusRogai por nós filhos e filhas de DeusAgora e na hora da nossa vitóriaSobre o pecado a doença e a morte.

Saudações

A verdadeira religião, é a do coração.