31 dezembro, 2008
Ponto zero (parte II).
Os sonhos são vivos e eternos ou, fleches súbitos de impressões pessoais de nossos mais profundos desejos; São vários mundos exóticos forjados por imagens complexas de uma faísca colorida que há ou haverá de existir, mas ainda assim, submissa a uma consciência entorpecida.
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A razão emergiu ao sobressalto. Alguém me observava pela janela entre aberta. Tentei levantar-me e correr ao encontro daqueles olhos femininos, mas só ali me dera conta que já estava a bastante tempo em meditação. As pernas cambalearam e eu caí ao cão.
Quando levantei ainda com certa dor, já não havia mais ninguém.
Sentia que eram novos tempos estes. O próprio Phaíbe me orientava a permanecer no mundo real mais tempo antes que as sucessivas viagens ao plano astral afetassem minha razão. Mas teria que fazer isso gradativamente num processo contrário, quando no início, eu fizera o mesmo trabalho cautelosamente para doutrinar conscientemente os meus desdobramentos.
E todos os dias procurava informações quanto a desaceleração do planeta. Incrível como havia previsões catastróficas para o nosso futuro. Previsões que sempre acompanharam a evolução social influenciando todo um planeta criando milhares de mitos e superstições infundáveis e sem comprovações científicas. Eu mesmo, imaginava não existir tais provas, mas estava errado.
A informação de um planeta chamado Nibiru estar vindo em nossa direção me fêz olhar as coisas num plano científico. Como poderia existir um movimento de translação perpendicular ao de nosso sistema planetário? Seria impossível.
A natureza giratória e das forças gravitacionais centrípedas e centrífugas que conhecemos forçam todos os objetos a se localizarem girando e orbitando o centro de um sistema gravitacional. Impossível é, um objeto orbitar este mesmo sistema em sentido perpendicular ao do plano orbital. Ainda que existam planetas em órbitas excêntricas variando dentro de um pequeno valor diferencial ao plano achatado de sua galáxia, no caso de Plutão, Urano e Netuno, fica definidamante impossível de existir um orbe girando perpendicularmente à sua estrela o sol, diferenciando de todo o plano orbital geral deste mesmo sistema solar. E além do mais, se houvesse a possibilidade disso ocorrer, baseado na certeza de que a terra tem centenas de milhões de anos de existência, estaria registrado na morfologia do planeta e seria muito fácil de encontrar rastros em fósseis. Um planeta passando perto da terra, numa trajetória complexa como esta, até mesmo para um leigo como eu saberia que nos arquivos geológicos da mãe terra, mesmo através dos tempos, se teria algo de concreto e real e, absolutamente, incontestável.
O fato de alguém me observar significava que eu estava no lugar errado na hora certa. Naveguei por tantos lugares em épocas distintas que por mais que tentasse imaginar quem seria que me observava, passava a ser uma missão impossível.
Quanto ao planeta que se aproxima da terra chamado de Nibiru não me fazer perder o sono, o que mais me intriga e realmente me fazia pensar, era a desaceleração do planeta; Isso sim me fazia temer.
Me fazia temer porque os nossos cientistas já tinham a bastante tempo dados que comprovavam que tal desaceleração estava acontecendo, e o pior, de que não era de agora.
O fenómeno de desaceleração da terra e a consequente expansão da órbita lunar estão associados entre si porque a distorção e perda do momento angular de rotação da terra é consequentemente perpendicular do ganho de momento angular orbital da lua. Fatores como a influência atmosférica, a não constância do momento de inércia da terra e o irregular acoplamento entre o núcleo condutor elétrico e o manto terrestre semicondutor, também alteram a velocidade do planeta.
O que me deixa realmente apreensivo, é que os cálculos que chegaram em minhas mãos não surgiram de informações aleatórias de um ser estranho que usa um macacão estranhamente colado ao corpo, mas, além de uma metodologia que se estimou o número de dias/ano no passado geológico baseado em análises do crescimento de corais fósseis e recentes, houve também, através do anos, pelos cientistas mais renomeados, medições precisas com equipamentos sofisticados a laser. E este assunto já está em pauta a bastante tempo nos maiores e mais importantes corredores científicos.
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Todos nós passamos por momentos difíceis na vida, porém, nem todos se dão o direito de aprender nestes rápidos espaços no tempo. As vezes nos resguardamos, nos silenciamos, nos transformamos em observadores e nos qualificamos humildemente em meros ouvintes, mas com certeza estaremos sempre de um jeito ou de outro fazendo parte das engrenagens da vida, ainda que sejam momentos difíceis.
Deixo aqui as minhas mais sinceras desculpas àqueles(as) que sempre me acompanharam. Este longo espaço sem postagens foi um momento mágico que passou rapidamente. Um grande abraço à todos e mais uma vez, peço desculpas.
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