28 maio, 2007

Meditando III

Existe um momento na vida dagente que nos imaginamos tão adultos que nos forçamos a esquecer das estórias antigas que alguem nos contava com tanto entusiasmo; estórias como fadas, duendes, bruxas, bichos papões ou algum tipo de lenda urbana. Esquecemos tambem de nossos antigos sonhos, de nossas antigas crenças, de nossos desejos mais antigos.

Eles ainda existem, os nossos sonhos; estão em algum canto dentro de nós. Não os recriamos simplesmente porque somos adultos. O fato de esquecê-los fêz muito mal agente; tanto mal ao ponto de influenciar na camada de ozônio, de prejudicar as nossas matas, o nosso ecossistema; de deixarem mais sangrentas as nossas guerras fúteis, as nossas inúmeras batalhas sempre perdidas.

Antes, quando mais jovem, em caminhadas pelas ruas, olhava para o céu tentando encontrar algum sinal de alguma coisa divina. Hoje, ilusoriamente mais adulto, ando pelas ruas olhando para o chão; ou em pensamentos mesquinhos ou tentando encontrar algum dinheiro ao acaso perdido.

Se não sonharmos vamos ter pesadelos; Pois os sonhos eram belos e infantis; os pesadelos são adultos e fatais.

É de se estranhar quando olhamos para trás e notamos o como a vida passou rápido, o como mudamos assustadoramente e o como pensávamos tão infantilmente. Agora, diante de um sistema dominador, a criança em nós chora e pede para brincar. A estranhesa, é sabermos o nome desta cruz e não fazemos absulutamente nada.

A nossa estória foi bonita. Foi apenas dilacerada por uma guerra entre o bem e o mal; entre o certo e o errado; entre a verdade e a mentira numa realidade fantasiosa. Foi dilacerada por uma batalha entre o sonho e o pesadelo, que nos deixou cegos, perdidos e aturdidos, esquecidos num mundo onde para se crer, tem que vêr, e pra viver, meus amigos, tem que "ter".

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Saudações

A verdadeira religião, é a do coração.