28 novembro, 2007
A primeira batalha.
17 novembro, 2007
O céu.
Poço ver nuvens de pensamentos elevando-se da cidade: ou em formas mais sutis ou nas mais pesadas e vaporosas nuvens escuras. Mesmo assim, inundam os ares das cores mais sortidas que eu tenha visto.
(Ficaríamos surpresos com a atmosfera astral dos bares, prostíbulos e casas de jogos, pois os pensamentos mais degradantes de almas perdidas vagueiam e contaminam objetos e pessoas com suas essências pesadas).
Sentia uma eletricidade estática quando pontos brilhantes passavam por um fio ténue que me unia ao corpo físico, ainda que não podia mais vê-lo, mas sabia que ainda me pertencia. E ficava maravilhado em ver a tamanha harmonia de todos os pontos que se podia ver, indo ao encontro daquelas nuvens escuras, como se tentassem influenciá-las com suas cores brilhantes. E as vezes conseguiam.
E quando acabou a extensão de uma espécie de túnel - que só ali me dera contas que era um túnel -, uma poderosa luz se fez mostrando um mundo incrivelmente belo; Um mundo brilhante e magnifico coberto de vida pra onde quer que se olhasse.
Vejo agora enormes salas com pessoas deitadas, adormecidas, sob a guarda de outras pessoas que erguiam as mãos sobre as que dormiam, parecendo meditar ou lançando algum tipo de energização,ou algum tipo de "passe" - imaginei. E eram muitas as pessoas, talvez milhares.
Grupos de pessoas seguiam uma única que falava calmamente apontando em alguma direção. E me surpreendia quando via que alguns destes tutores possuíam um luz que fazia os seus corpos quase brilharem. E maravilhosamente afirmo novamente, que vi alguns deles voarem.
Pequenas casas sem portas e janelas formavam grandes grupos de quadras parecendo ser um grande condomínio. As pessoas entravam e saiam como se todas as casas fossem delas. E era admirável ver ao longe, cidades enormes com arranha céus de cristais de todas as cores que já tinha visto e que desconhecia. Torres enormes com lindos sinos que repicavam estranhos sons pareciam tocarem as poucas nuvens. Nuvens que se desfaziam quando algum raio ou objeto lhes cruzavam o centro. (Mensageiros indo e vindo de suas missões celestiais).
Pessoas pareciam ter chegado naquele momento e eram recebidos por seus parentes, amigos e mentores. Diferentes daqueles que ainda dormiam. Crianças brincavam em volta das árvores; pássaros e borboletas também. A harmonia contagiava-me o coração como se sentisse que alí era o meu lugar, mas eu sabia, tinha que regressar.
Uma rosa caída sobre uma fina camada dágua, as margens de um lindo rio, chamou-me a atenção. Fiquei a contemplá-la e de súbito encheu-me de alegria. Uma simples rosa ensinou-me a mais bela das lições. Ainda que caída, deitada húmida e ferida, continuava a sua missão na sua mais infinita jornada. Alem deste plano e além de um outro, há planos ainda mais superiores a se alcançar. Planos em conexão com a terra, cujos esplendores são inconcebíveis para nós. E aquela rosa parecia saber disso.
Não somos nada alem de uma fina poeira que viaja pela eternidade. Ninguém é mais do que ninguém. Todos nós, na sua vez, andaremos pelo mesmo caminho; a diferença está em saber que o caminho não tem fim.
05 novembro, 2007
O inferno.
Gostaria de lembrar que não existe um inferno como se imagina, mas inúmeros ambientes que vibram dentro de um outro; Ou seja, cada inferno tem a sua determinada sintonia com a vibração existente dentro de uma realidade maior. As almas que lá chegam, são distribuídas conforme a vibração de suas próprias consciências. Em outras palavras, o inferno sempre foi a consciência de cada um, pois é a própria consciência que sempre nos julgou, nos puniu e nos mandou à um destino horrível, ou não.
Não falo de todas as almas deste e dos outros mundos, mas àquelas que atingiram os mais baixos “degraus” de suas existências navegando contra a fantástica criação divina. Também quero lembrar que o modo mais rápido e fácil de se chegar a estes mundos é quebrar as duas preciosas leis da divina criação, que é o homicídio e o suicídio.
Consegui sintonizar-me em uma existência que talvez poderia ter sido o meu inferno. Mas também gostaria de lembrar, que se eu fosse desta para melhor, o mecanismo etéreo e suas complexas engrenagens, me abririam uma passagem ao plano superior a que me encontrava naquele momento, pois, com certeza, a minha alma seria guiada pela maioria dos rastros de minhas ações positivas. É assim com todas as pessoas, desde que não rompam e nem carreguem acúmulos de ações negativas contra a evolução universal.
O mundo que estava vendo era fedido e horrível aos extremos: Havia um sol que nascia e morria no mesmo horizonte fazendo um semicírculo, com isso, com a pouca luminosidade, as sombras dos objetos eram longas e fantasmagóricas; O cheiro de carne podre era insuportável e, pude notar por entre estranhos odores, um cheiro horrível de nicotina; O chão parecia firme ainda que existisse uma grossa camada de cinzas, de poeira - não sei explicar; Não havia nenhuma vegetação com vida, porem moscas, vermes e pequenos roedores e um estranho animal que se arrastava, isso sim, aos milhares; Podia ver dezenas de rios, rasos e sem correntezas, que possuíam uma água grossa e escura – notei isso quando vi “pessoas?” atravessando às pressas.
As “almas?” que lá estavam pareciam atormentas por algo que não se podia ver. Enquanto se sente o poder da divindade em tudo que se vê em um mundo florido e vivo, ali parecia que alguém ou alguma coisa observava por trás do cangote – o que me fazia virar rapidamente e nada encontrar.
Via pessoas se arrastando, pessoas sem os braços e pernas olhando para o nada, homens e mulheres falando sozinhos andando curvados ou enfiando galhos secos “sabe-se lá aonde” e gemendo palavras estranhas referindo-se a não sei o quê. Observei ao longe e vi que haviam talvez, milhares de pessoas ou almas que vagavam aturdidas e perdidas sem rumo e sem vida. Se ali era um dos infernos, fiquei imaginando o como seria o pior deles.
Um anão gordo e de cuecas imundas e largas encostou-me nas pernas empurrando-me.
- Sai. - Gritei.
O meu grito assustou-o tanto que foi jogado ao longe como se eu o tivesse empurrado com bastante força.
Assustado, fugiu correndo rosnando como um bicho qualquer. Ainda pude ver os enormes testículos batendo em suas pernas enquanto corria.
- Baixinho miserável.
Foi aí que senti que havia algo de estranho. Palavras martelavam a minha mente de todas as formas. Senti uma raiva estanha daquela criatura de cuecas. Uma raiva que nunca tinha sentido por ninguém. Estava na hora de partir.
Todas as nossas ações estão armazenadas em nossa consciência; estão arquivadas em nossos DNA s astrais, quando chegar a hora, do juízo, do fim do mundo, ou seja lá quando for, a balança de sua consciência decidirá se você vai para o céu ou para o inferno, independente de qualquer religião, se é rico ou pobre, se é branco ou negro, mocinho ou bandido, pois todos nós fazemos parte de uma mesma consciência. A consciência de Deus.