27 agosto, 2007

Indicação para um prêmio.


VALEU.

Gostartia de agradecer, e com certa surpresa, a indicação BLOG 5 ESTRELAS pelo nosso amigo blogueiro Arthurius Maximus, criador do Visão Panorâmica. Com grande inteligência, desnuda um cenário insultuoso da política; Com uma visão coerente, faz um discernimento implacável

dentro de um sistema frio e corrupto, onde o povo brasileiro padece de mãos e bôcas atadas.

Tenho apenas alguns meses na internet e por isso me falta a experiência dos recursos que posso ter para uma boa postagem. O meu Blog ainda é uma criança, mas há o desejo que esta intenção pese na balança para o bem.




Um abraço a todos.




Meus indicados para o premio são:

http://www.panoramainternacional.com/visaopanoramica.php

Laboratório de Geografia.

Pensamentos Equivocados.

Sem Título Ainda.

Histórias Com Nome Próprio.

21 agosto, 2007

Alma Gêmea. (parte IV, O Início).

Quando abriu os olhos, a primeira coisa que notou foi àquela enorme janela redonda com um grosso vidro levemente escuro. Ficou imaginando o como era importante evitar que o ar lá de fora entrasse no interior daquele quarto.
Estava relaxante aquele cômodo. A maioria das civilizações avançadas naquela galáxia usava em sua medicina, a côr, o som e o odor. Há muito deixara de ser uma medicina alternativa; mas a soma de recursos benéficos e eficazes quanto à eficiência de melhora.
No canto da sala havia um pequeno aparelho que soltava partículas ionizadas no ar causando um certo formigamento em alguns pontos vitais de seu corpo: Algumas civilizações chamavam estes pontos de chakras e era de se espantar que elas ainda os energizassem com meros cristais.
Lá fora, uma terra devastada sob um céu vermelho vivo. Não havia vegetação e as montanhas gastas pela erosão do tempo, predominavam os quatro cantos daquela trágica paisagem.
- Vejo que acordou. – disse Dharmilo fazendo Randorz dar um leve sobressalto -, Os damalianos têm uma rápida recuperação. Admirável, devo dizer.
- A sua medicina é admirável – respondeu, - não sei se a minha conseguiria me salvar.
- Creio que não. Vivemos há cada dia a descobrir novas artimanhas contra essa poluição em nossos ares.
- Não foi sempre assim?
- Este mundo já foi um dos mais belos a três mil anos atrás. – Disse em tom melancólico.
- E o que aconteceu pra ficar assim?
Dharmilo sorriu. Disse:
- Você é muito jovem pra essa viagem. Não existe infância na sua raça?; Começam desde cedo a dedicar-se integralmente para o que lhes foi predestinado; Os clãs mais poderosos são àqueles os mensageiros do universo; Sua família deve estar orgulhosa de você.
- Quando posso continuar minha viagem, ou melhor, voltar pra casa?
- Não conseguimos tirar todo o metal de seu corpo, respirou muito metal pesado.Precisamos de mais tempo.
- Minha perna ainda dói.
- Vai passar, mas vai ficar mancando um pouco. Você é jovem e logo ficará bem.
Randorz sentiu uma certa preocupação que vinha daquele senhor, que agora parecendo perdido em pensamentos, disse com a voz arrastada e pausadamente.
- Temos um assunto de seu interesse. - Olhava agora por entre a grande janela arrendondada.
- Sim.
- É mais um pedido: um pedido que precisarás de um tempo para decidir-se.
- Decidir?
Dharmilo virou-se com certo entusiasmo e não mais parecia aquele senhor calmo e preocupado. Segurou Randorz pelo braço fazendo-o sentar-se e continuou:
-Anos atrás, iniciamos um projeto de monitoramento de planetas no ápice de suas maiores transformações. Bem sabes, que nas leis da criação, a balança do equilíbrio da ação e reação não pode haver nenhuma alteração brusca. Só à mãe nossa criadora cabe este direito e só ela pode decidir pra que lado a balança tende a pesar. Como já disse, há milênios a nossa raça cometeu o maior dos crimes dentro da criação: usar o conhecimento pra benefício próprio de maneira egoísta e destrutiva. A reação foi rápida e implacável. Deixamos de herança para os nossos descendentes um planeta doente que sangra há cada mudança de estação. Onde antes havia as mais belas formas de vida no mais perfeito equilíbrio, adaptadas na mais perfeita harmonia no meio ambiente em que vivíam, temos hoje as mais horríveis aberrações que a natureza pode formar, evoluindo numa direção alienada e descontrolada com essência assassina.
- Sendo assim - continuou -, resolvemos opor às nossas ações destrutivas e contrabalancear com ações construtivas ampliando os efeitos da reação através de nossa galáxia procurando planetas em desequilíbrio e dando à eles a chance de se corrigirem para não acontecer o que aconteceu conosco. Só mexendo sutilmente no destino de uma raça, recolocando-a em seu rumo, ajudando a nossa mãe criadora, talvez consigamos a redenção de nossa raça e o universo comece a cosnpirar novamente a nosso favor, e a evolução da vida que voce está vendo lá fora, volte a seguir o caminho que a nossa mãe tinha arquitetado.
- Mas e o que tenho a ver com isso?.
- Salvamos a sua vida e voce é um mensageiro da criadora.
- Tenho que pagar...
- Não estou cobrando estou mais para lhe ajudar.
- Mais do que tens me ajudado?
- Mais do que imaginas.
- Interferindo num planeta não abalaria o seu equilíbrio?.
- Não podemos mexer no paradoxo de implicação terrena, por isso, o único jeito de interferir sem causar danos ao equilíbrio planetário, é coordenar ensinamentos profundos de nossa arquiteta aos habitantes através dos sonhos. Só reeducando toda a humanidade deste determinado orbe teremos êxito aos nossos propósitos.
Randorz tentava não demonstrar suas dúvidas. Perguntou:
- Mas e eu, o que tenho a fazer, no que vais me ajudar?
- Adiantaremos o fluxo evolutivo de sua existência. Pediremos humildemente a nossa mãe que seja possível voce encontrar conscientemente a sua alma gêmea.

Lá fora, ventos fortes surgiam do horizonte; A maré vermelha avançava sistematicamente em pequenas ondas, avançava lentamente; carregava consigo um silêncio mórbito e fatal. No céu, a silhueta de dois grandes planetas por entre um manto infinito, estrelado e colorido.
Randorz Phaíbe viajava agora em pensamentos distantes tentando encontrar nas profundezas de sua concepção, o significado para "alma gêmea".

06 agosto, 2007

Alma Gêmea. (parte III, O Início).

Lembrava-se quando mais jovem, na solidão de sua caminhada nos montes Altos na cidade de Zaraf, que o vento nas folhagens era o único som que cortava o silêncio em sua volta. A paisagem que sempre lhe entorpecia a alma, parecia a cada dia, mais distante de sua lembrança. Esforçava-se em lembrar das fisionomias de alguns amigos que fizera antes de partir. Sentia agora, as armadilhas do tempo.
Os damalianos tinham como cultura, guardar na memória, toda a árvore genealógica de sua linhagem. Quando havia alguma festividade, alguma cerimônia dos tempos antigos, cada primogênito de cada clã tinha que recitar toda a linhagem em voz alta e firme, demonstrando um equilíbrio impecável e reverência aos antigos que se foram.
Sentiu a nave tremer. Foi quando notou que estava claro do lado de fora. Não estava mais submerso e várias criaturas de pequeno porte puxavam a sua nave, com ajuda de um enorme e estranho veículo que não emitia um único som, mesmo com o grande esforço que fazia. Eram pequenas criaturas esqueléticas que se espremiam procurando a melhor posição para puxar com firmeza. E ao longe, um homem não tão alto porém de uma estatura maior do que aquelas criaturas, observava com atenção o trabalho organizado daqueles pequenos seres que já faziam algumas dezenas de metros.
Assim como surgiram, todas aquelas criaturas sumiram de sua visão. Mas o homem, calmamente andou para a porta de entrada. Bateu três vezes. E o jovem negro, mancando, indeciso, trêmulo, levou a mão três vezes ao cristal de abertura da porta, antes de decidir em abri-la.
Só bem perto do homem já idoso, que notou um pequeno aparelho que saía de suas narinas. O homem sorridente, balançou a cabeça parecendo cumprimentá-lo. O mesmo fez procurando não constrangê-lo. O homem falou:
- Dharmilo, o seu interprete.
Ficou surpreso que falava o seu idioma, e mais ainda, qual idioma falar sem antes conhecê-lo. Respondeu:
- Randorz, filho Jadlan Phaíbe, filho de Jurzax Phaíbe, que é filho de .....- notou que alguma coisa estava errado: parecia que alguma coisa em sua garganta o impedia de falar normalmente.
- Respeito a sua família com grande honra mas não é necessário falar toda a sua geração enquanto a porta está aberta.. É melhor fechá-la.
Randorz simpatizou de imediato com aquele pequeno homem que parecia não medir as palavras ao expressar-se.
- Voce agora está seguro. Deu sorte de cair aqui perto da margem e faltando apenas seis dias para a maré recuar. A cêra de cristal galvaniano protegeu bem a sua nave neste tempo que estava submerso. Os samitas já consertaram os buracos externos, resta dar o acabamento e isso só voce sabe fazer.
O homem lhe fitou seriamente em seus olhos parecendo procurar algo que não entendia.
- Voce está muito contaminado. Temos que levá-lo imediatamente pra tirarmos todo esse minério em seu sangue.
Sentiu vontade de rir freneticamente e não sabia o porquê. Estava muito tempo deitado já convicto em seu destino horrível, talvez por isso, as pernas estávam pesadas. Só agora podia ver que o seu ferimento estava horrível. Não sentia dor porque a quantidade de anestésico e as vêzes que tomou, tinha sido muito grande. A cabeça doía.
O velho homem correu para segurá-lo. Sentiu na face uma leve brisa dos montes Altos de Zaraf. As estrêlas pulávam de um lado a outro num céu profundo. Pássaros brancos mergulhávam numa água de um infinito azul cristalino. Núvens surgiram do horizonte onde apenas um sol amarelo reluzia magestoso. Uma vegetação verde surgia do chão cobrindo uma grande extensão de terra. Parecia que todo o planeta explodia na mais perfeita harmonia, num azul que envolvia todo o orbe terrestre. Era um planeta azul que reinava magestosamente. E ao longe, bem ao longe, escutou uma voz que susurrou: - Terra.

Saudações

A verdadeira religião, é a do coração.